A aguardada decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) fez o dólar recuar de forma consistente em todo o mundo. No Brasil, a depreciação foi de 2,97%, e a moeda americana fechou cotada a R$ 2,1920.
Ao manter em US$ 85 bilhões seu programa mensal de incentivos à economia, o Fed surpreendeu boa parte do mercado e disparou um processo de ajustes de posições. O dólar negociado no balcão nacional já caía ante o real desde o início da manhã, em meio aos leilões promovidos pelo Banco Central brasileiro. Mas o movimento foi aprofundado com o anúncio do Fed.
A cotação atingida nesta quarta-feira, 18, é menor de fechamento desde 26 de junho de 2013, quando encerrou a R$ 2,1900. O dólar acumula tombo de 8,02% apenas em setembro.
Na máxima da sessão, às 9h52, atingiu R$ 2,2530 (-0,27%) e, na mínima, perto do fechamento e já após a decisão do Fed, marcou R$ 2,1910 (-3,01%). No mercado futuro, o dólar para outubro tinha baixa de 3,07%, a R$ 2,1935.
Desde cedo, a expectativa com a decisão do Fed permeava os negócios em todo o mundo. No Brasil, o dólar recuava ante o real de forma consistente, influenciado pelos leilões de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) feitos pelo Banco Central. Ao vender todos os 63,3 mil contratos de swap oferecidos, em um total de US$ 3,215 bilhões, o BC manteve a oferta de moeda em alta, o que fazia o dólar recuar no Brasil, a despeito de a divisa americana manter certo viés de alta no exterior.
Fonte: Estadão
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