segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Bancos emprestam 6,3 bilhões este ano aos sorocabanos

   A concessão de crédito aos sorocabanos atingiu a marca de R$ 6,38 bilhões entre janeiro e julho deste ano, segundo dados do Banco Central, obtidos com exclusividade pelo jornal Cruzeiro do Sul. Esse valor é 25,9% maior do que o registrado nesse mesmo período do ano passado, quando as instituições financeiras concederam R$ 5,07 bilhões em crédito. Se compararados os dados de 2013 com os de sete anos atrás é possível perceber que houve aumento de 263%. Em todo o ano de 2006, as operações de crédito ocorridas em Sorocaba contabilizaram R$ 1,75 bilhão.
   O levantamento do Banco Central engloba as operações de crédito concedidas tanto a pessoas físicas quanto a jurídicas, mas não detalha os números de cada tipo de transação. Em 2013, esses mais de R$ 6 bilhões foram concedidos a sorocabanos em 91 agências bancárias existentes na cidade. Em 2012, havia 86 agências no período levantado pelo Banco Central.
   O economista e professor da Universidade de Sorocaba (Uniso), Renato Vaz Garcia, analisa que, realmente, houve uma "alta considerável" nesse tipo de transação bancária, porém ele vê isso como algo bom, no caso das concessões de crédito a empresas. Já no caso das pessoas físicas, o economista ressalta que deve haver um cuidado para que o empréstimo não se torne um fardo a mais para se carregar no bolso.
   Para Garcia, as operações de crédito precisam ser analisadas separadamente, dependendo de quem contrai o empréstimo. No caso das empresas, ele considera que as operações de financiamento garantem certo impulso à produção, na medida em que as empresas tomam empréstimos relativamente baratos de capital de giro e compra de equipamentos (investimentos). "Mesmo tendo recursos para se financiar, muitas vezes as empresas preferem utilizar capital de terceiros por serem mais baratos. A empresa prefere deixar seu recurso próprio aplicado", afirma o economista.
   Quanto às pessoas físicas, o economista alerta que é sempre importante fazer um planejamento do valor emprestado, confrontando as parcelas e o valor disponível no orçamento para o pagamento. "Além disso, é sempre importante analisar a taxa de juros que se paga. Muitos bancos têm linhas de financiamento específicas e mais baratas dependendo da necessidade do cliente. Por exemplo, você não vai comprar um carro com recursos do cheque especial". 
   Diante desse valor, de R$ 6,38 bilhões em operações de crédito na cidade, o economista se preocupa com a inadimplência, em especial no caso da pessoa física. "Principalmente quando não se faz um planejamento adequado, a pessoa toma empréstimo para pagar uma dívida anterior, ou para comprar bens supérfluos, etc.", analisa o economista.

   Fonte: Cruzeiro do Sul

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