O nível de ocupação com carteira assinada no mês de maio se manteve estável em Sorocaba, quando o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou 8.523 admissões contra 8.484 demissões - saldo positivo de 39 vagas criadas com variação positiva de 0,02%. A surpresa negativa ficou por conta do setor de serviços, que fechou 148 postos de trabalho ao contratar 3.566 trabalhadores e desligar 3.714. Por outro lado, o setor de agronegócios, impulsionado pelo anúncio do plano safra 2013/2014 do Governo Federal, gerou 40 novas vagas, variação positiva de 4,75%. A indústria de transformação, pelo segundo mês consecutivo, fechou com saldo positivo. Enquanto o setor abriu 1.789 oportunidades, fechou as portas para 1.639 trabalhadores, gerando saldo positivo de 150 vagas.
Para o presidente do Sindicato Rural de Sorocaba, Luiz Antônio Marcello, a melhora no nível de empregos é decorrente do anúncio do plano safra 2013/2014, que irá liberar aproximadamente R$ 140 bilhões para o setor. "O início das contratações tem relação com o recente anúncio do plano safra. Muitos produtores já iniciaram a contratação de funcionários, principalmente, para trabalhar na melhora da infraestrutura das propriedades rurais", relata Marcello.
Outra razão, explica o presidente do sindicato, é a ótima colheita e produção nos últimos meses. "O primeiro quadrimestre foi ótimo para os agricultores. Quem apostou em lavouras de milho e soja tiveram ótima colheita. O mesmo aconteceu para quem optou pela pecuária de corte e de leite. Choveu bastante e as pastagens foram preservadas por mais tempo. Com isso, houve aumento da rentabilidade, propiciando a abertura de postos de trabalho", explicou Marcello.
Já o setor industrial apresentou variação positiva de 0,23% com a abertura de 150 vagas. "Não é um resultado tão expressivo como o do mês passado, mas o importante é que a tendência de alta foi mantida", afirma o vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Sorocaba), Erly Domingues de Syllos.
Para o especialista, o cenário deverá ser mantido em junho, já que o governo acaba de anunciar mais uma medida de estímulo ao consumo - o Minha Casa Melhor. "A medida vai contribuir para manutenção dos níveis de emprego, porém o governo deve ficar de olho na inflação, já que haverá aumento do consumo", diz Syllos.
Para explicar o fechamento de 148 postos de trabalho na área de serviços, o que não acontecia desde dezembro de 2011, Syllos lembra que quando a indústria começa a contratar é natural que trabalhadores de outros segmentos busquem vagas no segmento industrial, que oferece bons salários e benefícios aos seus colaboradores. "Todos os setores são importantes para a economia. O interessante é que todos cresçam. Mas o setor de serviços e a indústria caminham juntos. Quando um está em alta, absorve mão de obra do outro", explica o representante da indústria.
No comércio, houve pequena queda de 0,06% na geração de empregos em maio, quando foram gerados 2.127 empregos e fechadas 2.150 vagas, saldo negativo de 23 empregos. "Normalmente, o comércio realiza contratações temporárias em abril para se preparar para o Dia das Mães. Porém, após a data, parte desses colaboradores são desligados", comentou o economista da Associação Comercial de Sorocaba, Rafael Nochelli.
Fonte: Cruzeiro do Sul
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