Previsões econômicas, como dizem por aí, só servem para uma
coisa: provar que você sempre estará errado.
Mas vale a pena dar uns pitacos...
Crescimento econômico:
A cada semana surgem novas perspectivas negativas para o
PIB. Não dá para ser diferente. O cenário internacional não anda nada bom para
o Brasil, o consumo reduziu, a política econômica (se é que temos uma!) não
ajuda e os investimentos não decolam.
Sempre falei isso em sala de aula. No começo do ano, a
previsão era de 3,5%, depois, 3%, 2,5%, 2,4%... até o fim do ano acho que
ficaremos na casa dos 2% (o que, por sinal, será muito bom!).
Inflação:
O governo sempre acreditou que inflação um pouco acima da
meta não teria qualquer problema, desde que o PIB e o emprego estivessem em
alta.
Pois bem... parece que agora viram no que dá. Inflação é um
problema tão sério para a população quanto desemprego (para ver como inflação é
um problema sério, basta ver como começaram as recentes manifestações pelo
Brasil: reajuste das tarifas de ônibus).
Para os próximos meses, parece que a inflação apresentará
uma leve queda, com juros maiores e queda no crescimento econômico, mas novos
choques de oferta nos alimentos, altos custos de produção e câmbio
desvalorizado podem pressionar os preços e manter a inflação bem acima da meta
(lembrando que a meta de inflação é 4,5%, e ficaremos provavelmente um ponto e
meio acima disso).
Câmbio:
Taxa de câmbio provavelmente seja a variável econômica mais
difícil de se fazer previsões. Mas alguma tendência é possível observar.
Com o provável aumento dos juros nos EUA, baixo crescimento
das exportações, aumento do risco, falta de credibilidade e desconfiança em
mercado emergentes reforçam a saída de capitais no curto e médio prazo.
Obviamente que a volatilidade está meio fora do normal essas
semanas, mas câmbio abaixo de 2,10, 2,15 é muito difícil.
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