O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu nesta sexta-feira que o governo "tem muitas armas" para enfrentar a alta do dólar. "Temos reservas muito elevadas, são US$ 372 bilhões, US$ 373 bilhões", destacou. No momento da entrevista, o dólar estava em alta de 1,24% cotado a R$ 2,37.
O ministro citou os leilões de venda da moeda americana como um dos exemplos das armas que o governo tem para usar. Desde o dia 31 de maio, o BC já colocou US$ 34,5 bilhões no mercado na forma de leilões.
O ministro disse que o câmbio "tem novo patamar", provocado pela expectativa em relação ao início da redução de compra de ativos de US$ 85 bilhões mensais pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). E também pela queda do saldo positivo da balança comercial, decorrente em parte pela desaceleração da China e mudanças nos preços de commodities.
"Câmbio volátil é um problema para alguns setores", destacou. "O câmbio atual é bem visto pela indústria", acrescentou. Segundo o ministro, o "novo câmbio torna o setor produtivo brasileiro mais competitivo."
Ele citou que alguns setores da indústria já estão exportando mais e deu como exemplo o segmento automobilístico, que elevou em 20% suas vendas externas no primeiro semestre.
"Não sei dizer para onde vai o câmbio", destacou, ao responder pergunta se o atual patamar, ao redor de R$ 2,30, é avaliado por ele como confortável.
"Esse câmbio não é definitivo. O momento é de volatilidade. Vamos esperar que o câmbio tenha um patamar mais estabilizado", apontou. Já no fim da entrevista, Mantega afirmou que "no curto prazo o cenário é de talvez uma desvalorização do real ante o dólar".
Fonte: Estadão
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